segunda-feira, 30 de novembro de 2009

“-Como é mesmo o nome daquele alemão?...” “-Alzheimer, vô!!”

Mais um domingão de climb aqui no AVPAF. Dessa vez, o nosso bonde foi um tanto quanto desfalcado (isso pra não dizer completamente). Esdras ainda em sua campanha para se tornar Ministro da Saúde, passou a tarde em um evento, convencendo especialistas da área de saúde e afins, a colaborar em sua campanha (o famoso lobby). Paty, como a parte responsável do casal, resolvia os últimos detalhes para a mudança para a casa nova. A dany, um tanto quanto desanimada com o clima e em final de semestre, também preferiu ficar em casa estudando. O Fera acabou sendo vítima do cancelamento do concurso do MDIC (diga-se de passagem, no meio da realização da prova!) e também não foi. Vocês devem estar se perguntando: "E o Álvaro? Cadê ele?". Parafraseando uma personagem de TV, repito... "PREFIRO NÃO COMENTAR!" hehehe! Mas vamos falar de Climb!!!

Assustadoramente, como em um filme de suspense, recebi um telefonema inesperado no sábado à noite. Era o Bera (Escallossaurus naniccus), perguntando onde eu escalaria no domingo e afirmando que iria escalar, de qualquer jeito. Surpreso por esta revolta dele com o cativeiro (pois seria o segundo final de semana que ele escalaria outdoor em menos de 12 meses), tratei de contactar o Roger (Escallossaurus calvus ciclisticus), para ampliar o bonde.

No domingo pela manhã, recebo outra ligação do naniccus, confirmando que iria junto com sua companheira Amy Wine Rose (também conhecida como Roseane, Rosinha, etc.) e ainda levaria o Marcelo (Escallossaurus gigantus patternus). Nos encontramos na, já tradicional, ViadosPães (inclusive com o Roger) e partimos rumo à Fercal, para escalar vias do primeiro setor, pois eu já estava na pilha de encerrar minha pendência no setor, a "El Demo". O Bera sugeriu ainda uma entrada na "Ribombo", rapidamente questionada devido à distância a ser percorrida (principalmente por mim – preguiçoso, descarado!).


Chegamos à base das vias "Corrimento Geológico" e "Plano Cartesiano" às 14 hrs aproximadamente e, obviamente, optamos pela mais fácil. Bera se propôs a equipá-la, para não correr o risco de ter que desequipar depois. Ele veste a cadeirinha, coloca as costuras no rack e... "cara... esqueci minha sapata!" Sim, queridos leitores, ele esqueceu de levar a sapatilha para escalar... Provavelmente isso ocorreu devido a rigorosa ação dos anos sobre nosso colega de cativeiro (velhice, mesmo!).

Depois de calçar a sapata da Rosinha, equipou a via fazendo uma forcinha, mas sem nenhum problema. Logo após, entrei e sem lembrar de como havia feito da última vez, acabei dando um "tapa"que não deveria existir e cai. Como sou chato e competitivo, pedi para descer sem isolar nem tentar o move novamente, já que se tratava de uma via que eu já encadenei há um tempo. Ao tentar desfazer o nó da cadeirinha, o Marcelo percebeu que havia alguma coisa vermelha na minha mão... eu tinha ganho inteiramente "de grátis" um senhor rasgo no dedo, que me obrigou a enfaixar e ficar parecendo um microfone.

Marcelão também passou pelo mesmo perrengue, não achando a agarra que terminava o crux e aproveitou para se lembrar dos movimentos e visualizar o pezinho salvador, que estabiliza todos os que o utilizam! Nosso querido Roger não passou impune pelo crux, tomando um pequeno aperto e ficando muito satisfeito com isso (vocês imaginam a felicidade dele, né? Dava pra ver o cara babando de raiva! Hehehe). Rose foi lá, acabou ficando no mesmo lugar dos outros 3 anteriores... Pra resumir a história, entrei novamente e encadenei usando um tail hook pra ficar bem posicionado. Marcelo fez o mesmo, usando de seu tamanho para ignorar a pinça ruim e ir direto para o agarrão. Bera entrou novamente, para mostrar como aquilo era fácil e eis que chegou a vez do Roger... Juro que ouvi uma voz ao fundo: "Momentos de tensão, nu Caldeirããão!!"... e ele atropelou a via, com direito a grito do Sharma no final, para felicidade geral da nação.

Partimos para o meu problema do dia, a El Demo. Lá, encontramos o Professor Horse com a Bia, Da Mata, e Eduardo, malhando as diversas formas da Greyskull. Da 1ª vez que vi a via, Álvaro e eu isolamos os movimentos, mas não encadenamos, desde então, nunca mais olhei pra cara dela e decidi que seria um ótimo preparatório, rumo ao 8º grau. Entrei com o intuito de encadenar sacando as costuras, mas como já era de se esperar, não o fiz. Terminei de equipar e aproveitei para relembrar as agarras e alguns posicionamentos. Marcelo, por ser pequenininho, chegou no El Demo e no batente abaulado sem fazer nenhum esforço, mas acabou tendo muita dificuldade de achar as agarras para entalar o braço. Roger também se valeu da altura para chegar bem no batente, conseguiu segurar outra agarra abaulada de esquerda e algo aconteceu... "Ta com medinho de entalar o bracinho, é? Ta com medinho?" hehehe!! Acabou adrenando na hora de fazer o entalamento do braço direito para costurar a penúltima e também voltou pra casa com uma pendência pra próxima (mas pilhado pra voltar logo, pois faltou pouquíssimo).


Entrei com sangue no olho, pra acabar com a palhaçada e encadenar a maldita. Saí do 1º batente em um dinâmico certinho pro El Demo, subi o pé rápido, e consegui chegar estático (em um move de equilíbrio) no batente abaulado. Entalei o braço esquerdo meio mal e, partindo para a ignorância fiz de tudo para conseguir entalar o braço direito, de forma que me permitisse costurar a próxima... sem sucesso, mais uma vez, ela me venceu!

Sob um início de chuva, desequipei a via após o Bera tentar mandá-la (também sem sucesso), usando meu saco de magnésio emprestado, pois também esqueceu o dele, e saímos correndo pra casa debaixo de muita chuva.

Mais um dia (ou uma tarde, no caso) de ótimo climb! Valeu Escallossaurus (aos 3) e Amy Wine Rose pelo dia!!

Será que eu esquci alguma coisa???? hehehe

El Demo que me aguarde!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Satisfaction – Domingão em Cocalzinho-GO

Após sofre criticas e ameaças de demissão do editor Álvaro, resolvi ser bem eficiente e fazer o relato deste domingo o mais rápido possível (o relato do domingo retrasado só enviei na sexta-feira por isso não foi ao ar, cobrem do Álvaro hehehe).

A escalada deste domingo gerou grande mobilização na internet – grande blefe - no final das contas partimos no mesmo bonde de sempre (eu, Pati, Júlio e Álvaro) na esperança que mais gente comparecesse a Cocalzinho-GO. Nem preciso repetir o quanto estou encantado com as vias e com a vibe deste lugar.

A chegada ao parque em Cocalzinho teve direito a um fusca atravessado e atolado na pista que forçou as habilidades de motorista de Álvaro e o esforço dos demais tripulantes.

Escalávamos a linda via Rolling Stones (6º sup – graduação questionável considerando o movimento inicial para um bidedo invertido punk) com um visual de deixar de cara. Todos levamos aquela surra inicial com direito a roubar na corda ou usar o caminho lateral (I can't get no satisfaction - Cause I try and I try and I try and I try). Destaco aqui que Álvaro e Pati tinham tudo para passar o lance, faltou foco.


[Nota do editor] Que saquinho de magnésio mas gay desse tal de Álvaro


De repente chega até nós Philipe, escalador goiano que se somou a nosso grupo, pois havia se perdido de sua galera. Philipe passou o movimento inicial demonstrando seu prévio conhecimento da via, porém foi na força mesmo, ao terminar a ascensão Philipe foi se reunir ao grupo goiano que estava próximo dali escalando o projeto ao lado da via Corta Corda (7a). Álvaro ainda deu um pega repetindo o movimento de Felipe e sua própria leitura, mas acabou optando por se poupar.

Quando já estávamos partindo para outros locais surge em meio ao cerrado uma figura mística da escalada brasiliense o "Escalosaurus Calvus Cicliticus Fraturadus" mais conhecido como Gigante. Gigante estava com sua namorada e veio se juntar ao bonde na esperança que outro escalosaurus (Roger) estivesse conosco. Após comentários sobre como o Rodolfo é furão nesse lance de escalada, Gigante e namorada aproveitaram e curtiram conosco a Rolling Stones. Partimos então para nos unirmos a galera goiana na base da Corta Corda.

Chegamos a base e encontramos Felipe, Samurai (Eduardo), Paula(?) (namorada do Samurai). Após uma ancoragem do seg Felipe em uma pedra (procedimento recomendado nesse caso), Samurai entrou no projeto ao lado da Corta a Corda.

Essa via é simplesmente alucinante, um dinâmico para um agarra de esquerda, a segunda costurada é de lado e a sequência de agarras pra cima disso é foda. Resumindo um crux seguido do outro. Samurai detonou os dedos com direito a muito sangue e abriu espaço para Gigante dar um peguinha no projeto. O Sol nesse momento torrava e não havia sombra no local.


Quem conhece o Gigante sabe de suas leituras exigentes, ele mandou um foot hook sinistro, pegou o reglete estático (dada altura da figura) e por pouco não passa de primeira o crux. Esse foot hook era o beta que faltava para o Samurai ficar de vez no reglete e costurar bem na segunda chapa.

Samurai entrou com dedos rasgados demonstrando que é questão de tempo a cadena do projeto. Cabe aqui um detalhe, Samurai utilizou uma costura longa, gringa da Petzl do Álvaro na segunda chapa que simplesmente ficou condenada após as respectivas entradas (vale o aviso para que for tentar o projeto – sugerimos o nome para a via de Corta Costura hehehehehehe).

O que é uma fita expressa perto da vibe e da emoção que rolava a cada entrada de Gigante e Samurai na via? Histórico momento complementado pela entrada de Gigante na Corta Corda com um foot hook acima da cabeça que deixou todo mundo de cara, mandou fácil demais.

As entradas de Àlvaro, Julio e Pati na Corta a Corda não são dignas de comentário hehehehe. Eu me rendi a minha insignificância e fiquei ali, dando seg e curtindo.

O bonde goiano partiu para casa e decidimos conhecer os projetos novos próximos a Escoliose (6º) e Ate Cubanos (6º). Equipamos estas duas e a via Cala e Escala(6º) que é uma das novas atrações do setor. Gigante e Álvaro levaram uma pequena surra da Ate Cubanos e Julio atropelou a via com direito a uma passagem de equilíbrio pelo crux. Eu guiei a Escoliose, costurei errado a 3 chapa e gastei tudo o que tinha para corrigir o erro.

Gigante passou sem problemas pela Cala e Escala, mas afirmou que o lance entre a 3 e 4 chapa ficou um pouco exposto (esticão entre chapas). Pati não estava bem e levou um nocaute da Ate Cubanos. A chuva não demorou a chegar fazendo que a limpeza das vias fosse feita na pressa.

Gigante pediu seg de sua namorada (ainda inexperiente no assunto) e ao chegar na costurada final passou um medão na galera gritando por corda. Posteriormente o canalha confessou que era apenas brincadeira, mas quase matou a Pati do coração pra soltar a corda do gri-gri, ela voltou tremendo pra Brasília hehehehe.

Outro conselho importante – façam a limpeza das vias rapelando, pois Cocal não perdoa a corda.

Corremos pela longa trilha e entramos no carro com uma sensação de tarde proveitosa. Ao som de São Paulo versus Botafogo (eu tinha que secar o São Paulo para o Flamengo ser campeão), comendo um sonho de padaria e relembrando cada pedaço do domingão.

Ficou a promessa de montarmos um bonde unido Brasília-Goiânia para explorar outros locais no maravilhoso estado de Goiás – Iporá e Vila Propício serão o destino. Fica também o convite para os amigos goianos aparecerem em Brasília para conhecer o calcário hard da Fercal.

Valeu Samurai, Felipe, Paula, Gigante e esposa!!! Sigo ao som de Rolling Stones!!!

Mais fotos:




[Nota do editor] Ficou faltando fotos do Philipe, Gigante e Paula.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consciência Negra

Eu sei, eu sei. Isso aqui é um blog de escalada. Fazemos piada de nossa vida, divulgamos a escalada no Planalto Central e relatamos nossas escaladas. Mas hoje farei diferente mesmo sem a permissão do editor (afinal estou em Cuiabá e ele não pode me bater). Esse post é uma mensagem política, pois nem só de escalada vive o escalador(a)

Hoje (20 de novembro) é o Dia da Consciência Negra. Vivemos num país que nega a existência do racismo e nossa história pouco conta do que viveu e vive a população negra brasileira. Para aqueles que acreditam que não há racismo no Brasil convido a abaixar a janela do carro, olhar a vida ai fora e ver como se constiui nossa sociedade. Essa data deve ser um lembrete do sofrimento e dor causados pela escravidão em nosso país e demonstrar a força de resistência desse povo exemplificada na figura de Zumbi dos Palmares.

Deixo você com a poetisa, atriz, mulher e negra Elisa Lucinda.
Leia ai preguiçoso (a) porque se não ler até o final não entende a mensagem da mulher.

Elisa Lucinda
Mulata Exportação


"Mas que nega linda
E de olho verde ainda
Olho de veneno e açúcar!
Vem nega, vem ser minha desculpa
Vem que aqui dentro ainda te cabe
Vem ser meu álibi, minha bela conduta
Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
(Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu meu dendê?)
Minha tonteira minha história contundida
Minha memória confundida, meu futebol, entendeu meu gelol?
Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso, seu karaoquê;
Vem nega, sem eu ter que fazer nada. Vem sem ter que me mexer
Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas, nada mais vai doer.
Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem nega, me ama, me colore
Vem ser meu folclore, vem ser minha tese sobre nego malê.
Vem, nega, vem me arrasar, depois te levo pra gente sambar."
Imaginem: Ouvi tudo isso sem calma e sem dor.
Já preso esse ex-feitor, eu disse: "Seu delegado..."
E o delegado piscou.
Falei com o juiz, o juiz se insinuou e decretou pequena pena
com cela especial por ser esse branco intelectual...
Eu disse: "Seu Juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade, Genocídio
nada disso se cura trepando com uma escura!"
Ó minha máxima lei, deixai de asneira
Não vai ser um branco mal resolvido
que vai libertar uma negra:

Esse branco ardido está fadado
porque não é com lábia de pseudo-oprimido
que vai aliviar seu passado.
Olha aqui meu senhor:
Eu me lembro da senzala
e tu te lembras da Casa-Grande
e vamos juntos escrever sinceramente outra história
Digo, repito e não minto:
Vamos passar essa verdade a limpo
porque não é dançando samba
que eu te redimo ou te acredito:
Vê se te afasta, não invista, não insista!
Meu nojo!
Meu engodo cultural!
Minha lavagem de lata!

Porque deixar de ser racista, meu amor,
não é comer uma mulata!

(Da série "Brasil, meu espartilho")

sábado, 14 de novembro de 2009

Tabela de graduação por AVPAF - final

Escalada em Artificial

Estilo de escalada pouco compreendido. Para ascender a via o escalador utiliza de degraus, clifs, jumares e muitas parafernálias. A quantidade de equipamentos leva a crer que não se faz esforço físico o que é pura ilusão. Essa escalada é uma ciência que demora a ser aprendida e que exige acima de tudo apoio financeiro e patrocínio. A graduação está intimamente ligada ao perigo que se corre ou em poucas palavras a proximidade com a morte.

A0 – É aquela via que tem um ex-namorado fortinho. Tem seu risco, mas você confia no seu equipamento.

A1 – O ex-namorado nesse caso foi campeão sul-americano de muai tai e costuma treinar chutando coqueiros com a canela e dando cotovelada na pilastra. Sabendo os procedimentos e com um bom equipamento se resolve.

A2 – Além do ex-namorado campeão o irmão dela que é o melhor amigo dele é também campeão só que na categoria peso pesado. Aqui além do equipamento e do conhecimento você vai precisar de um “seg” de confiança e experiente.

A3 – Esqueça o irmão e o ex-namorado, nesta graduação a via é agente da polícia federal ou da ABIN e possui 2 ex-namorados que se mudaram do país após o fim do relacionamento.

A4 - A via tem o irmão campeão de vale-tudo, o pai é capitão do BOPE, ela é agente da polícia federal e treina um pouco de tiro ao alvo, é um pouco ciumenta e já colocou em coma 1 namorado só por que ele foi levar uma prima no aeroporto.

A5 – A via é casada com um cara que cumpriu 6 anos de prisão por homicídio e seu último caso faz xixi sentado desde o dia em que ela o pegou lendo uma playboy no banheiro.


Leia mais:
Tabela de graduação por AVPAF - 1º parte
Tabela de graduação por AVPAF - 2º parte
Tabela de graduação por AVPAF - 3º parte

Tabela de graduação por AVPAF - 3º parte


Boulder

Estilo democrático de escalada que exige pouco equipamento, mas muita força e disposição. Os locais para essa prática são conhecidos pelas inúmeras possibilidades de abertura de novos “problemas” em um mesmo bloco. Vejamos como se dá a graduação dos problemas.

V0 - Boulder tranqüilo que exige do escalador tomar um banho, passar perfume e ficar conversando em baixo do prédio ou na porta de casa da mina por horas a fio.

V1 – Exige além do banho e do perfume um cineminha de “comédia romântica” com direito a pipoca.

V2 – Pegou o carro do pai, buscou em casa e após o cinema com pipoca, pagou o fast food e levou em casa. Resolvido!!!

V3 – Colocou roupa nova, pegou o carro, buscou em casa com um bichinho de pelúcia, levou no cinema com direito a pipoca, jantarzinho e levou em casa. Mandou à vista!!!

V4 – Colocou roupa nova, mandou lavar o carro, buscou em casa com bichinho de pelúcia, levou ao cinema com direito a pipoca e guloseimas, levou pra curtir um boteco com música ao vivo, pagou bebidas e petiscos e levou em casa do outro lado da cidade.

V5 – Colocou roupa nova, mandou lavar o carro, buscou em casa com bichinho de pelúcia, levou ao cinema com direito a pipoca e guloseimas, foi no boteco com música ao vivo, pediu pra tocar aquela música do Djavan, pagou bebidas e petiscos e levou em casa do outro lado da cidade.

V6 - Chegou de terno, levou pro cinema, pagou um jantar chique, levou no motel 5 estrelas com direito a champanhe, levou em casa no outro município.

V7 – Esqueça o cinema. Esse problema só é resolvido em ambientes mais áridos como baladas em boates e clubes caríssimos. Além de pagar mais de R$ 50 pra entrar, esse problema exigirá de você habilidades de dançarino de ritmos que você desconhece. O trabalho de pés aqui é fundamental.

V8 – Esse é aquele boulder que a saída é o mais difícil. Vai ter que ir em casa e convencer o pai da moça (militar de alta patente) sobre suas intenções mesmo que vocês estejam saindo pela primeira vez. Depois disso é claro que ela vai exigir uma balada estilo V7. Kamommmm!!!!

V9 – Além de convencer o pai da moça vai ter que levar a irmã mocréia que nem um de seus amigos terá a compaixão de resolver. Atenção na “seg” de corpo que a base é perigosa.

V10 – Esse problema para ser resolvido exigirá o convencimento do pai, levar a irmã feia e a prima bêbada pagar bebida e entrada pra todo mundo na balada estilo V7 e dançar a noite toda. Mas nem pense que vai virar fácil esse boulder. Ele exigirá pelo menos 5 entradas desse tipo.

V11 – Aqui se inicia a fase de ter que malhar por longos períodos até mandar o projeto. O comprometimento do escalador em mandar o projeto exigirá tudo o que ele sabe. Começa com todos os passos anteriores e no dia seguinte você manda flores e escreve um depoimento no orkut.
– Vai que você está sólido!!!

V12 – Após meses repetindo a seqüência acima, você vai ter que pedir em namoro, freqüentar a casa e agüentar aquela amiga chata e fútil com apelido de “Lú” (geralmente um nome tipo Lusinelda).

V13 – Você já está namorando, já fez tudo o que sabia e por fim surge aquele convite na mesa do almoço da família do problema:
- Você vai participar do amigo oculto esse ano, não é!?

V14 – Além de participar do amigo oculto, você vai começar a participar de momentos familiares tipo batizado de priminho distante, pelada casados X solteiros, aniversário de 80 da bisavó, etc. Tudo isso com aquele sorriso na cara e sem poder exagerar na bebida alcoólica.

V15 – Esse aqui pra resolver só casando de papel passado.


Leia mais:
Tabela de graduação por AVPAF - 1º parte
Tabela de graduação por AVPAF - 2º parte

Tabela de graduação por AVPAF - 2º parte


Escalada Tradicional

Estilo de escalada mais conhecido e romântico. Exige preparo, mas acima de tudo planejamento. Todos os elementos são determinantes no sucesso dessa escalada no final a vista costuma justificar todo o esforço. A graduação é uma mescla da esportiva acrescida do grau de exposição ao risco. Em uma escalada tradicional cada cordada pode corresponder a uma via esportiva.

E1 – Amigo, irmã, mãe e tia faltam te forçar a entrar na via. Com tanta proteção desestimula a escalada por que não tem exposição a risco nenhum.

E2 – Você confia no “seg”, acredita que a via está no seu grau, mas no meio da escalada tem aquela cordada que é um pouco mais exigente, tipo ir conhecer a família da moça com menos de uma semana de relacionamento.

E4 - O esticão entre as proteções e a falta de agarras exige do escalador atenção porque se cair pode machucar sério. O “seg” desempenha um papel fundamental no apoio psicológico do escalador. Essas vias têm elementos determinantes no risco como um pai militar ou um irmão campeão de vale-tudo.

E5 – Uma queda aqui pode sobrecarregar toda a parada e levar o seg junto. É aquela via ciumenta que chega no bar e vira a mesa em cima de você e dos amigos.

E6 - Uma queda aqui ou mata ou faz o cara parar de escalar. Essa via geralmente tem em seu currículos 3 ou 4 ex-maridos e nem todos estão vivos para contar história. Conhecida também por atingir o escalador com objetos cortantes inviabilizando sua reprodução.


Leia mais:
Tabela de graduação por AVPAF - 1º parte
Tabela de graduação por AVPAF - 2º parte
Tabela de graduação por AVPAF - 3º parte

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tabela de graduação por AVPAF!!!

Mais uma vez o AVPAF vem colaborar com a construção da escalada no Brasil. O texto abaixo é uma aproximação da graduação em escaladas esportivas, tradicionais, "artificial" e boulder, com a dificuldade de conquistar aquela gata sonhada.

A comparação é inevitável porque para um escalador de verdade uma bela mulher é como uma grande escalada: você planeja, treina muito, muda de hábitos, compra equipamentos, vai a lugares inusitados e de difícil acesso em busca dela e pode passar meses tentando encadená-la. Ela por sua vez parece uma pedra – não olha pra você, não se mexe em sua direção, exige do seu físico e psicológico e se você não se cuidar ela vai te machucar.

Escalada esportiva

É aquela que todo mundo acha que a altura na assusta, mas que exige muito da resistência, força e psicológico do escalador. O trajeto é mais importante que o cume e encadenar uma via pode demorar minutos, horas, dias ou até mesmo anos dependendo do seu projeto de vida.

- É aquela via pro escalador iniciante que chega, encadena e não conta pra ninguém pra não ser sacaneado. Mesmo assim para quem esta começando deixa aquela sensação de vitória.

- É a via que você nem sabe o que te levou até a base, mas você chega e se encadenar a vista ainda comemora no final.

- Geralmente aquela via gente boa e amiga da galera. O papo justifica mais que a aparência. Via que você vai encadenar e gastar tudo o que sabe para limpar com direito a rapel com prussik.
6º sup – Além de simpática e amiga da galera é considerada bonitinha ou "estilosa". O crux se justifica mais pelo medo de perder a amizade que pela dificuldade da via. Costuma dar bastante trabalho pra limpar como costuras travando e penduladas perigosas.

7a – O alvo inicial de todo escalador que acha que está fortinho. O cara olha mal no croqui e acha que já vai chegar encadenando a vista esteja onde estiver. Costuma derrubar feio o escalador, mas malhando um pouco rola de encadenar.
7b - Via que geralmente exige umas 10 tentativas antes de ser encadenada. Exige atenção do amigo "seg" porque dependendo da queda inviabiliza a cadena para sempre porque traumatiza o escalador.
7c – Esse é o tipo de via lendária. Todo mundo acha bonita e tem sempre um amigo mentiroso que conta que um dia, no passado ele encadenou. Essa mentira prosseguirá porque ninguém perguntará a via se é verdade ou não. Como não tirou foto, não filmou não rola de acreditar. Lembre-se ainda: o seg que estava com ele também é escalador, ou seja, também poderá mentir para manter a honra do esporte.

8a – O tamanho das agarras costuma enganar (geralmente grandes abaulados). Essa é aquela via que você vai chegar achando que mesmo com quedas rola de equipar até o fim e descer de "baldinho". Engano seu! Vai chegar "tijolado" na terceira proteção, suar pra cacete e rapelar do cordelete ou abandonar um mosquetão no meio da via.

9a- É aquela via que você já tentou o primeiro movimento de top rope, seus amigos também tentaram e ninguém passou da primeira proteção. Aliás, ninguém que você conhece encadenou. Geralmente esse tipo de via gera lendas como "um dia veio um cara de minas aqui e mandou a vista" o que é pura mentira.

10a – Nem você nem seus amigos se aventuram nesse tipo. São vias conhecidas por terem sua primeira ascensão e permanecerem meses e até anos esperando que venha algum escalador de outro lugar para encadenar e confirmar o grau. Costuma-se dizer que essa via escolhe o escalador e não o contrário.

11a - Essa é aquela via que já foi citada em revistas do ramo e já teve duas ou 3 ascensões no máximo. Todos os relatos dos "encadenadores" chamam atenção para a dificuldade e exigência da via, mas sempre terminam com a frase " a via mais linda que eu já escalei". Costuma virar pôster ou porta retrato na casa do escalador.


Leia mais:
Tabela de graduação por AVPAF - 2º parte
Tabela de graduação por AVPAF - 3º parte

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Chove lá fora


[Nota do editor] Eu juro que tento ensinar eles.
Que p... de tapete de corda é esse?


Cansado de apenas escrever e ler sobre escalada e há exatos 14 dias sem ir para a pedra resolvemos conhecer um pico lendário entre os escaladores do DF – as vias de Cocalzinho-GO. Cocal (para os íntimos) é mundialmente conhecida pela infinidade de boulders que vem contribuindo para a evolução da escalada brasileira (vide as ascensões e repetições de Rafael Passos, Pedro Rafael, Gabriel Ávila e tantos outros fortes escaladores de nossa região).

Porém o que poucos sabem é que existem neste local, vias esportivas. Apesar da vergonhosa proibição da escalada esportiva no Morro do Cabeludo* existem diversas vias localizadas nos 3 picos e com um diferencial enorme da qualidade da rocha que faz você achar o calcário do Belchior macio (se não me engano o tipo de rocha em questão é o quartzito).

A essa altura você deve estar se perguntando: - Ué um relato sério sobre escalada em pleno AVPAF??? Claro que não, é apenas uma introdução, mas reforçamos que o lugar é lindo, com cachoeiras, boulders infinitos e ainda por cima com esportiva de qualidade. Uma pena o Cabeludo está fechado, se não fosse isso o pico era referência da esportiva no Brasil com certeza.

Mesmo com o indicativo de chuva, chegamos ao local e nos encontramos com uma galera de Goiânia que passou os betas das vias e estavam recolocando uma chapeleta roubada em uma via (sim isso também acontece por essas bandas). Eles nos falaram sobre a abertura de novas vias no setor (uma ao lado da Atecubanos) e outra próxima que não lembro o nome (via do tetinho). Cabe aqui um agradecimento especial a Grazi e ao Marcelo (ABRESCA) pelo croqui desenhado a mão que nos ajudou muito na escolha.

A escolha (pelo nível de nossa escalada no dia) foi conhecer as vias Escoliose (6º), Atecubanos (6º) e se rolasse entrar num projeto novo dos goianos que ainda não tinha nome, mas parecia muito bem conquistada.

Cheguei confiante (como há muito tempo não acontecia) e inventei de equipar a Escoliose por conta própria o que resultou numa surra do crux (ridícula diga-se de passagem) e em uma desistência que não me abalou. Julio (apesar de estar na fila para se registrar como portador de necessidades especiais após a contusão no campeonato e depois da semana utilizando uma prótese semelhante a uma colher de retirar bolas de sorvete) equipou a via no seu estilo "minha leitura não serve a ninguém".

Na seqüência Dani e Patricia escalaram bem, mas não passaram do crux devido a ausência de estatura (reclamaram que a via não era acessível a anões mesmo todo mundo sabendo que as duas são fortes pra c@$%&!). Entrei novamente e guiei até o topo (passando bem pelo crux), mas bundei na costurada final (um tanto tensa e a queda nada favorável).

Álvaro após um fim de semana alcoólatra em Posse-Go, após meses na insistência de projetos de escalada não atingidos, chegou cheio de preguiça e quase não finaliza a via (uma decepção para o professor Bêra que vem insistindo no treino do garoto). Para se desculpar limpou a via com direito a rapel (já que o "p" do topo não parecia muito confiável, pelo menos a chapa do lado era garantida).

Quando pensamos em escalar mais começa a chuva um tanto fraca, mas pela distância do estacionamento resolvemos recolher as coisas e sair fora. Já no caminho de volta vemos Julia e seu namorado entrando em no boulder ao lado da capela. Paramos pra trocar idéia, a chuva deu trégua e os goianos chegaram com aqueles argumentos que nos fizeram repensar:

- Pow são só 14h num vou embora nem fudendo!!!

Julio com cara de cadena insistiu e voltamos a base de uma outra via (ver o nome) e quando este costurou a primeira chapa a chuva desabou de vez. Parecia aquele desenho do Pato Donald querendo sair para pescar e chovendo, quando ele volta para dentro de casa o sol volta a brilhar. No nosso caso era só entrar no carro que a chuva parava.

Retornamos a Brasília ao som de Flamengo versus Atlético-MG em uma rádio AM mineira. A melhor parte foi ouvir o narrador torcedor do galo narrando o Gol olímpico do Pet. Para mim mesmo com a chuva ficou a reflexão:

– Escreva menos e escale mais!!!



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*A escalada no Morro do Cabeludo é justificada por "explicações" relacionadas à reprodução de águias chilenas e pela inexistência de plano de manejo no parque. Neste mesmo "parque" não há controle de entrada e há realização de festas raves e religiosas nos pés dos picos o que deixa o local permanentemente sujo com latas e outros resíduos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Para fecharmos a semana é o assunto Escalontologia. Semana que vem graduação de vias segundo AVPAF.

Crustáceos

Escalotrouxas pagurus (Escalador Caranguejo) – apesar de ter muitos pés, esse espécime só consegue fazer força com os braços para escalar e desconhece a importância dos pés. Geralmente só treina campus board.
Escalauterofilistas Caridina Sp (Escalador camarão) – escalador muito preocupado com o corpo e que geralmente só tem merda na cabeça.

Dinossauros

Escalosaurus calvus – aquele escalador das antigas que já teve topete, mas hoje em dia ostenta uma bela careca.
Escalosaurus nanicus – Escalador antigo com estatura inferior a 1,50m.
Escalosaurus obesus – Já foi magrelo e atualmente possui uma bela barriga de cerveja. Pode se diferenciar ainda em escalosaurus cardiacus ou diabéticus.
Escalosaurus casadus morgadus – Escalador antigo que ao casar abandona a atividade, mas permanece como lenda.

Espécies em extinção no meio da escalada

Escalaamigus construtorus (Escalador João de Barro) - Escalador que gasta seu tempo e dinheiro conquistando novas vias e ainda tem que agüentar as críticas da comunidade escaladora.
Escalaelimpa conservadorus (Escalador Carpa) - Escalador que promove a limpeza e conservação das bases das vias. Ninguém valoriza o seu trabalho, mas basta essa espécie sumir que todo mundo nota o impacto.
Escalorganizadorus associadus (Escalador lobo) - Escalador que organiza eventos e tenta promover a articulação da comunidade. Geralmente sofre boicotes e criticas e acaba se isolando e hibernando.
Escalosaurus amigus professorus – Esse aqui é sem dúvida o mais raro de todos. É aquele escalador lendário e antigo que nunca parou de escalar e ainda por cima promove cursos, palestras, participa voluntariamente das organizações e ainda abre vias pra nova geração. Esta espécie raríssima possui o hábito de hospedar em seu habitat todas as demais espécies de escaladores muitas vezes sofrendo impactos negativos dessa hospitalidade.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Estudo Multicêntrico de Escalontologia

Teve início nesta semana o primeiro Estudo Multicêntrico de Escalontologia (ciência da observação, tipificação, conservação de espécimes e erradicação de patologias no meio da escalada). O estudo desencadeado pelo AVPAF e por Pedro Hauck apresenta resultados de grande relevância para a comunidade científica.

Abaixo segue o resultado do último estudo de campo realizado pela equipe do AVPAF. Lembramos a tod@s que os estudos aqui apresentados passam por normas rigorosas do Comitê de Ética em Pesquisas comandado por Álvaro Alvares (nosso editor).

Aves

Escaloamostradus cristatus (Escalador pavão) – escalador possuidor de todos os equipamentos, vestimentas e elementos que dão a ele a aparência de um grande escalador. Semelhante ao pavão que não sabe voar bem, este tipo de escalador aparenta escalar mais do que na verdade consegue.
Conversadorus erithacus (Escalador Papagaio) – como a ave, este tipo de escalador desenvolve a capacidade de falar muito, sobretudo na base das vias. Escalar que é bom fica em segundo plano.
Escalatudus Clypeata (Escalador Pato) – o pato é um bicho que corre mal, nada mal e voa mal. Esse escalador é aquele que afirma escalar qualquer estilo, mas no fundo não faz nada direito.
Escalaechoras meleagris (Escalador Galinha d'angola) – é aquele que fica o tempo todo dizendo: - Tô fraco, tô fraco... Emite sons semelhantes ao choro de criança quando escala.

Mamíferos

Escalaosgritus leo (Escalador Leão) – mesmo em via fácil ruge muito para marcar o território. São comuns os gritos e rugidos em lances fáceis da via, numa tentativa de se assemelhar ao Chris Sharma.
Escalaedápala Crocuta (Escalador Hiena) – só sabe rir da cara dos amigos. Qualquer acontecimento na pedra vira motivo de chacota.
Escalalentus variegatus - (Escalador Bicho Preguiça) – Escala lentamente, descansa muito e geralmente causa torcicolo no companheiro da "seg".

Insetos

Escalonamoradorus mellifera (Escalador Zangão)
– Igual ao macho da abelha que só serve para reproduzir. Esse é o escalador explorado pela namorada, só serve para dar "seg" e carregar o equipamento dela.
Escalaetremes Cicadidae – (Escalador cigarra) – Treme e faz barulho (reclama) o tempo todo enquanto escala.
Semplanejamentus humile (Escalador formiga) – geralmente carrega mais equipamentos e alimentos do que precisa em uma simples escalada de domingo.

Amanhã apresentaremos alguns crustáceos, dinossauros e espécies em extinção no meio da escalada

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Sociedade Médica alerta...

A Sociedade Médica procurou o Laboratório AVPAF para o estabelecimento de um protocolo clinico para espécimes de "escaladores nocivos" que vem causando doenças em nosso esporte. O momento atual é de cuidado pois estes espécimes estão a solta e as mudanças climáticas favorecem a infecção.

Esse primeiro apanhado é apenas o começo de uma vasta catalogação. Você escalador(a) observador e consciente ajude-nos a completar essa lista com novos tipos.

Pseudosescalus mycota (Escalador Fungo) - escalador que não respeita as articulações e organizações locais para liberação das áreas de escalada e nem as regras das propriedades. Na maioria das vezes já chega escalando mesmo sabendo dos impasses. Geralmente não causam grandes doenças, mas atrapalham o desenvolvimento e incomodam como se fosse uma coceira. São infecções oportunistas causadas pela falta de articulação local. Reproduzem-se facilmente com argumentos de que "eu desorganizando posso me organizar".

Falacioescalus diplococos (Escalador Bactéria) – É a espécie mais diversa e atacam todos os espaços. Geralmente iniciam sua infecção por meio da internet, com fofocas e falsas discussões sobre ética. Esse tipo costuma dizer que fazem e acontecem, mas geralmente se juntam em colônias e não saem do lugar. Podem causar doenças sérias quando criam falsos conflitos entre cidades.

Estragopicovirus – (Escalador Vírus) – é o pior tipo. Utiliza-se do ambiente para seu benefício e o destrói em seguida. Como exemplo aqueles que escalam nos locais e depois poluem rios e descartam o lixo nas bases das vias. Esse tipo de escalador engana o sistema imunológico fazendo todo mundo pensar que ele é legal e gente boa. No fundo o que ele quer é parasitar e sair fora deixando seu rastro de destruição. Recentemente alguns picos brasileiros e o Valle Encantado - Argentina sofreram essa infecção.

Escalochatus micropulos (Escalador Carrapato) – Alimenta-se de tudo o que a comunidade local faz, mas não colabora com nada. Quando identificado já está maior do que o tamanho original e causando certos incômodos, mas são facilmente retirados.

Furavias cirratus (Escalador Pica-Pau) – é aquele que para se saciar fura tudo. Mesmo tendo caminhos ou possibilidades em outros locais, chega cavando agarras.

Faladorus mirmecofagídeos (Escalador tamanduá) – é aquele que tem a língua maior que a boca e acaba metendo o nariz onde não foi chamado. Costuma ser o primeiro a ter opinião e o último a ter atitude para mudar. Sua pior arma é o abraço.

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