segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Havaianas – as originais

Chegam diariamente cartas, emails e escândalos de leitores que acusam o AVPAF de ter parado com suas atualizações. A culpa de nossa baixa produção só tem um nome senhores leitores: Eco Vila. O novo setor de boulders em Cocalzinho vem consumindo toda nossa pele e nos fazendo passar a semana inteira na fissura de escalar.

Já são 4 fins de semanas seguidos fora as fugas no meio da semana para o mesmo setor onde nos dedicamos a repetir boulders e temos a oportunidade de abrir alguns problemas como o novo clássico "Começa no final" linha enxergada por mim e pelo Rodolfo e aberta por Patricia (boulder humilhante, que exige técnica e que leva muito marmanjo ao chão).

O post de hoje, entretanto não é sobre as cadenas do Tiozinho ou da Pati, sequer é sobre a forma grosseira que o Julio escala. O post de hoje é um alerta para você bactéria de Cocal.Você acostumado a levar apenas o crash com tudo dentro e uma sacola de supermercado com rango. Você, caro colega, que pega trilhas usando apenas sandália Havaiana.

Nesse fim de semana, o escalador zela que aqui vos escreve foi para Cocalzinho no melhor estilo bactéria, havaiana que brilha no escuro e tudo mais. Com a chuva a trilha tornou-se um pântano tornando a caminhada um pouco mais difícil. Já no retorno ao carro, no inicio da trilha minha havaiana fez aquele efeito ventosa grudando na lama e me fazendo torcer o tornozelo. Não satisfeito ainda cai de bunda no meio da lama, com um crash do tamanho do Mondo (BD) nas costas.

Manquei por toda a trilha e fiquei passando dor durante os muitos quilômetros até Brasilia, sem falar nas humilhações, com piadinhas infames dos outros membros do bonde. Por isso fica o alerta. Não seja burro como eu, use calçados apropriados, às vezes o excesso de idas a um lugar pode nos tornar confiantes demais, achando que conhecemos tudo, que somos locais, quando na verdade estamos ficando cada vez mais zelas.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Baseado em Fatos Reais – Moska vai ao Na Hora

Moska de uns tempos para cá resolveu que virou escalador de tradicional, ele menino criado nas trilhas curtas e no clima ameno de Cocal planeja ir escalar na gélida Patagônia. Arrumou um "bonde" com um casal de descolados que mora no Rio de Janeiro e esta tentando se virar para arrumar uma liberação no trabalho para embarca rumo a San Carlos de Bariloche.

Alguns meses atrás ele ficou sabendo de um escalador que não conseguiu embarca para a Bolívia porque não tinha identidade. Como ele não está afim de ouvir piadinhas do tipo: "Você acha que ir pra Bolívia é igual ir para Cocal". Resolveu se agilizar.
Pediu alguns conselhos para Júnior, que quase foi barrado uma vez na Argentina por causa do bendito documento com mais de dez anos e foi aconselhado a procurar o Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto.

–Eu queria tirar a 2ª via da identidade?

A moça do guichê parece não entender a pergunta, então Moska insisti e
escuta um sonoro:

–Não tem mais senha.

Moska sente como se tivesse sido mandado para aquele lugar. Faz aquela cara de quem não está acreditando e solta algum grunhido. A atendente então desfere o fatality:

–Olha, tem que chegar seis e meia para conseguir senha.

O cérebro de Moska trava e demora uns 5 segundos para processar a informação, mas o máximo que consegue é uma mensagem automático:

–Ah tá, seis e trinta!

Depois do tilt Moska se da conta do que são seis e meia da manhã e pensa de imediato, "Mas neeeeeem f... venho aqui seis e meia!"

O processo foi tão rápido que deu tempo de Moska pegar o mesmo trem do Metro. Será que Moska conseguira ir para Patagônio se f..., quero dizer escalar?