quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo, promessas novas

Prometi que iria mandar oitavo grau até o final do ano, mas infelizmente vai ficar para o próximo ano.
 
Treinei bastante, mas malhei muito pouco as vias fortes.
 
Resultado, a escalada esse ano foi um fiasco em termos de grau, mas consegui agregar novas promessas para o esporte. O que foi muito bom.
 
Se não mandei nada, pelo menos fiz volume e me diverti pra caramba, quem sabe ano que vem....
 
Promessa para 2010: escalar mais boulders para ficar fortinho! hehehehe
 
Feliz 2010 a todos!

Plantão Saúde – Alerta de nova Epidemia

Após o caos gerado em 2009 pela gripe H1n1 (vulgarmente conhecida como gripe suína) surgem novos motivos para pânico no Brasil. O ano de 2010 traz um grande alerta para nossa sociedade.

Recém descoberta uma nova doença que vem assolando a população. O mais alarmante é que não há delimitação de grupo etário nem diferenças na infecção de homens e mulheres. Todos somos vulneráveis.

Ainda não se sabe a cura, não se fala em vacina e a possibilidade de se tornar uma pandemia ainda não foi descartada pela Organização Mundial da Saúde.

Laboratórios internacionais vêm desenvolvendo insumos na tentativa de reduzir os agravos e aumentar a qualidade de vida dos “infectados”. No Brasil, a escassez de laboratórios e centros de estudos nesta área torna difícil a vida destes doentes, pois os insumos aqui são caros e raros. Porém iniciativas locais vêm mostrando grandes frutos na busca pela cura.

Nós do blog “a vida por alguns fios (AVPAF)” conseguimos com exclusividade entrevistar um pesquisador que preferiu não se identificar. Sugerimos clicar nos links para melhor compreensão da situação.

AVPAF – Fale-nos sobre a essa nova doença?

O que posso informar é que ela atinge grupos pequenos de pessoas e sua evolução está intimamente ligada ao contato com áreas remotas, sobretudo com formações rochosas. Porém a doença já atinge centros urbanos, mas em locais isolados.

AVPAF – Mas por que a imprensa mundial não vem divulgando o crescimento desta “doença”?

O fato é que a mídia nacional e internacional não percebe e não possui dados suficientes sobre a evolução dos casos. O Brasil, por exemplo, não possuía nenhum caso relatado até este ano e segundo a uma análise da IFSC (International Federation of Sport Climbing, realizada no dia 31/08/09) já estamos em 12º lugar entre os jovens do sexo masculino e 20º lugar entre jovens do sexo feminino. Outros centros de estudos apontam o Brasil como o 10º país nos casos masculinos. É um crescimento absurdo !!!

AVPAF – Realmente é alarmante a evolução dos casos no Brasil. Mas o que importa realmente é informar a população. Fale um pouco dos sintomas desta nova doença.

Não quero gerar pânico na população, mas é preciso atentar para os seguintes sintomas.

Dores nas articulações, sobretudo nas falanges com formação de calosidades e descamações nas mãos

Diminuição do abdômen globoso com emagracimento acelerado com aumento e inchaço da musculatura dos antebraços e ombros

Isolamento e mudança repentina de hábitos como a escolha por opções ecológicas de vida gerando preferências por lugares altos e opção pela utilização de calçados de número inferior aos pés.

Surgimento de escoriações de origem desconhecida do tipo arranhões e ralados.

Dislexia grave com fragmentação na expressão das palavras chegando ao extremo de confusão entre idiomas como exemplo observamos as seguintes expressões moleque = leke, sapatilha = sapata, fii = filho, kamon = come on.

AVPAF- E mata???

Poucos casos morrem, mas assusta muito principalmente no início da doença onde são comuns a taquicardia, pernas tremendo, perda de força nos braços e pernas e quedas. Geralmente torna-se uma doença crônica permanecendo por anos e até mesmo a vida toda, evoluindo constantemente em uma graduação já definida no Brasil e no exterior.

Segundo a imprensa internacional atualmente existem casos raros de pessoas acima dos 50 anos convivendo com a doença em graus elevados como nos casos clínicos dos pacientes Stevie Haston e Maurizio Zanolla.

O que assusta mesmo são casos recentes de adolescentes atingindo rapidamente graus elevados da doença como o pobre adolescente tcheco Adam Ondra que semana passada atingiu em FA a graduação 9a+ (francesa) algo ainda desconhecido em relação a doença. E até mesmo crianças vêm desenvolvendo de forma grave a doença.

Atualmente o que vem causando grande espanto na comunidade científica é o caso Sharma que deverá ser isolado e dissecado após a morte, pois ainda não se sabe como alguém atingiu um grau tão elevado desta patologia.

AVPAF – Preocupante. Já existe algum perfil epidemiológico (número de casos) por região do Brasil?

Técnico – Atualmente foi desenvolvida uma pesquisa para verificar os dados reais, mas já podemos afirmar que Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo possuem os casos graves, porém a região de Brasília, Goiânia e até mesmo o Ceará vem apresentando casos.

AVPAF – Fale um pouco mais sobre sintomas. O que realmente deve preocupar a população?

Técnico – Olha sinceramente o pior efeito relatado é a existência de distúrbios comportamentais que levam as pessoas a cometerem atos degradantes contra o ambiente e contra seus semelhantes levando inclusive a proibição e isolamento da comunidade de portadores da doença.

Para esses sintomas a comunidade internacional vem tentando elaborar protocolos, mas no Brasil ainda pouco se conseguiu consensuar em relação a esse problema.

AVPAF – Existe alguma relação entre gênero e a doença? É verdade que homens atingem graus mais elevados?

Durante algum tempo esta afirmação a respeito dos homens foi considerada verdade, no entanto cada vez mais se verifica uma “feminização” da doença. Casos como a eslovena Maja Vidmar e o mais impressionante são meninas como a Zhenja Kazbekova atingindo graus elevados com apenas 12 anos de idade. O fato mais recente que conheço foi a francesa Charlotte Duriff.

Recentemente o Brasil vem apresentando casos femininos graves como a jovem Raquel Guilhon atingindo alto grau no Rio de Janeiro e Francine Borges também em situação elevada da doença em Minas Gerais.

AVPAF – Para finalizar. O que você sugere como medida preventiva? Podemos evitá-la lavando as mãos com álcool gel e usando mascaras?

MS – Nossa é realmente difícil de evitar o contágio. Eu indico evitar contatos com os já infectados (sobretudo casos mais antigos), não se aproximar de regiões rochosas e manter distância de locais de muita aglomeração (como muros e academias).

Agora se você já estiver contaminado e passar álcool gel nas mãos vai arder muito e você não irá usar mascaras nem no carnaval pois estará escalando na data.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mulheres que amamos!

Nova série no blog!

Para começar a austríaca Anna Stöehr, sem dúvida muito linda.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ano Novo, Vias Novas

Como não poderia deixar de acontecer, segue mais um relato do climb do famigerado bonde do AVPAF no final de semana. Na verdade, precisávamos de escrever alguma coisa nestas 2 últimas semanas do ano, mas como nessa época assumimos que não fazemos nada no trabalho e, sequer ligamos o computador para fingir que estamos fazendo alguma coisa, fica meio difícil postar novidades. Para acabar com esse ócio criativo, optamos por escalar na Fercal (que é próximo) e mais especificamente nas vias "Pança de Mamute" e "El Demo" (as mais próximas). No bonde: Batata (Álvaro), Dany, Roger e eu. Esdras e Patrícia tiveram um pequeno percalço etílico causado pela festa de inauguração de sua casa no sábado, e declinaram do nosso convite.
A idéia de escalar a Pança foi tão somente dada para que a Dany iniciasse sua escalada guiada, por se tratar de uma via fácil e que ela já havia mandado de top rope. Como sou um namorado atencioso e "gente boa", equipei a via e deixei a 1ª já costurada para que ela tivesse mais segurança na saída, que diga-se de passagem fica ainda mais chata para ela e seus incríveis 1,53 m de altura.

"você quer que eu lhe diga palavras de carinho?"

Nem precisava... segurando em 2 regletinhos (que eu confesso que nem tinha visto que existiam) subiu os pés e alcançou a agarra que para os maiores de 1,70 m de altura, já é o início da via. Passou pelo platô e "click!" a 1ª costurada de sua vida! Hehehe

Flagrante da 1a. costurada de Dany-Dany


Da mesma forma que começou, terminou a via... sem tomar conhecimento. Mesmo escorregando o pé em um momento, manteve-se calma e terminou sem problemas. Pra completar o serviço, desequipou, já que Roger (Escallossauros calvus ciclisticus) e Batata estavam focados na "El Demo" ainda não encadenada (por nenhum de nós 3, diga-se de passagem).

Partimos então para a via que queríamos encadenar ainda nesta década (2000-2009). Como da última vez eu havia entrado equipando a via, o Roger entrou na pilha de mandar sacando. Moves já isolados anteriormente, sapata nova, sague nos zóio e um batente abaulado e babado logo depois do El Demo.. foi o suficiente para um pequeno escorregão e o fim da tentativa após a 2ª costura. Ele desceu e entrei para terminar de equipar a criança. Enquanto isso, Batata já estava deitado na rede, com sua disposição usual.

Terminei de equipar, aproveitando para rever os moves e limpar as agarras e desci para que o Batata entrasse. Lá foi ele e no 1º movimento, indo pro El Demo, lembrou o porquê a via não havia sido encadenada antes... tem que fazer força sim!!! Mesmo pedindo pra travar, tocou pra cima para relembrar todos os movimentos da via e desceu para que a Dany entrasse. Neste momento pairou a tensão na base da via. Conseguiria Dany-Dany, após ter guiado um 6º grau pela 1ª vez (e escalando muito), mandar a via que os três marmanjos ficaram apanhando??? Para a felici.... ops! tristeza da nação ali presente, não. Mesmo assim fez uma leitura digna do Bera (para anões) até a chegada do El Demo, que ficou bem legal.

Entrei na missão de encadenar e acabar com a frustração de já ter entrado 3 vezes na via sem mandar. Passei o movimento para o batente de forma estática, pisei no El Demo de pé direito, pra entalar o braço esquerdo no buracão, ajeitei o pé esquerdo e me equilibrei bem para entalar o braço direito e costurar. Tudo saiu perfeito! Só não avisaram pro meu pé, que ele tinha que desentalar do El Demo, pra eu continuar na porra da cadena!! Resumindo, fiquei preso pelo pé e não teve guindaste que tirasse ele de lá! Pra variar, desci sem a cadena... Roger entrou mais uma vez, mas não conseguiu encontrar os moves que estava com tanta facilidade na trip anterior, acabou deixando a via com gostinho de "quero mais".
Mais uma vez Batatinha entrou e chegou ao entalamento do braço direito, mas acabou escorregando e caindo com um pouquinho de corda na mão (ou quase isso). Neste escorregão ele acabou por criar uma variação da via, no melhor estilo dos boulders SDS (Sit Down Start). Criou a "El Demo CS" (CS = Chegando Sentado), mas nada que um analgésico na polpa e uns 3 meses de psicólogo pro seg, não resolvessem.


Roger: chegando fácil ao batente

Batata no mesmo move do Roger: quanta diferença

Vocês devem estar pensando: "Escreveram isso tudo, pra dizer que não mandaram porra nenhuma!".

Calma! No final do dia, consegui encadenar a via, entrando para o grupo dos que já tiveram seus braços completamente ralados pela famigerada "El Demo". Fica aqui meu agradecimento à todos que aguentaram minha chatice (que não é pouca) enquanto eu estava nesse projeto (Dany, Roger e seu psicológico abalado, Batata e sua bunda ralada, Bera e Rosinha, Marcelão, Pati e Esdras, Rodolfo, etc.), valeu a vibe, galera!




Palavras de fé e otimismo do Profeta

Aproveitando o clima festivo de final de ano e as ações universais de renovação dos votos de felicidade e saúde, ressalto a importância da coerência das palavras e das reais intenções dos indivíduos para com seus entes queridos.

Certa vez o Grande Profeta, do alto de sua Himalaiana Sabedoria, questionou aos pequenos mancebos deste singelo blog, sobre qual a importância que dávamos às palavras que dizíamos e nossa compreensão acerca de sua força. Neste momento, ele perguntou:

"Por que um homem que:

-chega de madrugada em casa completamente bêbado;

-chuta o cachorro;

-tropeça e derruba a cristaleira;

-mija dentro da geladeira achando que abriu a porta do banheiro e

-vomita no tapete da sala,

é acordado carinhosamente por sua esposa no dia seguinte, com café na cama, duas aspirinas e vê a casa toda arrumada?"

- é porque ele assumiu para a mulher que tem uma 2ª família?

- ele chegou bêbado porque foi o enterro da sogra de sua esposa (sua própria mãe)?

- Enquanto sua esposa o arrastava para cama ele gritou:
"NÃO FAÇA ISSO MOÇA, SOU CASADO E AMO MINHA ESPOSA!"

Moral da história: Às vezes, 10 palavras valem mais que 1.000 ações!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

VAI TOMAR NO CRUX!

Semana toda um sol infernal, após três finais de semana seguidos trabalhando, tenho a chance de escalar e temos um final de semana com grandes possibilidades de chuva:

–VAI TOMAR NO CRUX!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

BASEADO EM FATOS REAIS 3 – a saga de Júnior

Eu já havia me convencido da nova mania de meu filho Júnior após o susto em que achei que ele estava se drogando. Todo fim de semana lá ia ele para Cocalzinho-GO, Fercal ou Belchior.Eu como pai participativo e cuidadoso até o acompanhei em alguns passeios embora não entendesse tanta motivação afinal viagem de escalada é sempre a mesma coisa, um bando de homem e as poucas mulheres já são comprometidas.

Comecei até a achar bonito a prática da escalada, mas no fundo me indagava: - Esse menino não faz mais nada da vida? Não namora? Não bebe? Todo dinheiro que ele ganha em seu trabalho é gasto em viagens, equipamentos, etc...

Achei melhor tentar estimulá-lo a enxergar outras coisas na vida, pois um dia pretendo ser avô.

Mesa de jantar

[PAI]: Eae filhão? Vai escalar esse fim de semana? Qual vai ser, Cocal, Belchi? (tentando falar igual a ele).

[JÚNIOR]: Nada pai. Ando com um novo projeto de vida aê.

[PAI]: (ai meu Deus só falta ser o Everest) – Fala ai filhão? Você não está pensando em subir o Everest?

[JÚNIOR]: Não véi, estou apenas curtindo um lance novo, mas por enquanto não vou falar.

[PAI]: Por quê? Pensei que fossemos brothers?

[JÚNIOR]: Pô é que só uma idéia inicial, não quero pressão na minha cabeça, é um lance meio perigoso e sei que você vai xaropar.

[PAI]: Beleza, eu respeito sua vontade, afinal somos amigos. Quando estiver pronto você sabe que pode contar comigo.

(respeito coisa nenhuma, vou descobrir o que esse moleque está aprontando.Eu já prometi que não escuto mais conversas no telefone e nem investigo a vida dele, mas vou quebrar a promessa por que isso está me cheirando a merda).

AO TELEFONE (o pai e seu velho costume de ouvir as conversas)

[JÚNIOR]: - Eae Mosca, beleza?

[MOSCA]: – Aê leke já foi lá ver o lugar? E a largura do buraco?

[JÚNIOR]: – Pow pior que fui e fique frustado...

[MOSCA]: - Porquê rapaz? O quê que tem de mais?

[JÚNIOR]: - Ah leke, o buraco é lindo. O problema é que a minha parada é pequena. Não dá nem para o começo.

[PAI]: Largura do buraco? Parada pequena? Se for o que eu to pensando ele puxou a família da mãe.

[MOSCA]: - Sério mesmo? Mas você tinha dito que tava tudo certo.

[JÚNIOR]: - Nada, e o pior não é isso. O pior é que não sei como vou esticar.

[MOSCA]: -Você já pensou em usar aquele lance mecânico, você coloca tipo uma catraca que vai esticando?

[JÚNIOR]: -Leke aquilo não é garantido não. Pode empenar e ai já viu.

[PAI]: Coitado do meu filho vai apelar para tratamentos de aumento de pênis todo mundo sabe que isso não funciona. Será que é tão pequeno assim?

[MOSCA]: - Aê vamos juntar uma galera e ai a gente estica. Faz aquele esquema de dar uns nós.

[JÚNIOR]: - Tá louco leke? Nó enfraquece a parada. E como eu te falei, a minha não dá nem esticando.

[MOSCA]: - Ai é foda, vai ter que gastar uma grana.

[PAI]: Esse Mosca é mesmo um idiota, onde já se viu dar nó, chamar a galera para esticar. Isso ia doer pra caraio. Será que devo usar aquele dinheiro que eu estava guardando pra ajudar nesse problema do Júnior?

[JÚNIOR]: - Nem fala. Mais não vou desistir assim não. É um sonho. Vai ser minha primeira vez num lance desse tipo.

[PAI]: Primeira vez? Além de pinto pequeno esse muleke é virgem. Será que sou um pai tão ausente assim?

[MOSCA]: - Mas aê leke, sendo a primeira vez você não acha que pode adrenar e acabar "bundando"?

[JÚNIOR]: - Você está me tirando??? Papo é esse de "bundar"?

[MOSCA]: - Nada não véi eu só...

[JÚNIOR]: - Nem vem com esse papo, confio no equipamento e o segredo está na mente.

[MOSCA]: - Como assim?

[JÚNIOR]: - É só não ir muito rápido, manter o ritmo do movimento, ir passo a passo respirando e com a mente focada para não se desgastar e acabar rápido.

[PAI]: Pelo menos ele sabe a teoria. Menos mal.

[MOSCA]: - É eu também nem posso falar muito não, nunca experimentei.

[PAI]: Só pode ser virgem, com um amigo desses.

[JÚNIOR]: - Sério? Nem em casa?

[MOSCA]: - Não, nem em casa.

[JÚNIOR]: - Porra leke tu não sabe o que tá perdendo. Em casa eu ainda não fiz, mas armei um esquema aqui na minha esquina. Era meio escuro e um pouco sujo, mas é bom demais e ainda ajuda a manter o preparo físico.

[PAI]: Eu sabia que essa vizinhança estava piorando, mas prostituição é absurdo. Esse lance de ter um Cabaré perto desvaloriza o imóvel.

[MOSCA]: - Rola de ir ai curtir esse lance?

[JÚNIOR]: - Chega ai.

Na sala

[PAI]: Onde você vai ?

[JÚNIOR]: Vou ali treinar um pouco.

[PAI]: Filho podemos conversar? Acho que preciso te falar umas coisas.

[JÚNIOR]: Depois , o Mosca tá vindo aqui. Fui

Não sei se fico feliz ou preocupado dele apelar para esse tipo de serviço. É melhor eu não tocar nesse assunto com ele e investigar melhor para evitar que ele se meta em perigo. Imagina, esse muleke não deve nem saber o que é camisinha.

No outro dia Júnior e Mosca em casa conversando. Fiquei ali só escutando a conversa e fingindo que estava trabalhando no meu computador.

[JÚNIOR]- Eae leke como é que tá?

[MOSCA] -Putz estou todo doído. Minhas pernas e as costas ficaram destruídas.

[JÚNIOR] -Falei que o lance exigia preparo. Mas você se sentiu bem? Curtiu?

[MOSCA] - Até curti, mas não sei se levo jeito. Minhas pernas tremeram muito. E acho que não tenho muita postura.

[JÚNIOR] -O começo é assim mesmo, meio tenso, mas depois você se solta. Daqui a pouco rola até de fazer umas posições diferentes, umas manobras. Curte esse vídeo aqui (ligando o notebook)

[MOSCA] - Caraio, como é que ela faz isso? Sentou, deitou, ficou em pé, abriu a perna tudo sem sair de cima. Parece até yoga.

[JÚNIOR] - Pois é. Eu mesmo já aprendi a ajoelhar.

[MOSCA] - Maluco acho que para mim demora muito até chegar a ficar de pé o que dirá fazer posições.

[JÚNIOR] - Nada, é só questão de tempo até você aprender.

[MOSCA] - Vamos tentar armar um esquema assim lá em casa?

[JÚNIOR] - Nem sei. Sua família pode achar ruim.

[MOSCA] - Nada. Lá é grande e a galera lá de casa nem vai ver.

[JÚNIOR] - Boto fé então. Posso chamar uma galera?

[MOSCA] - Pô cara tá achando que a minha casa é o quê?

[JÚNIOR] - Relaxa foi só uma idéia. Mas agora eu vou sair, comprar umas paradas e planejar direito por que no próximo fim de semana quero fazer o lance lá no Belchior. Já até procurei um amigo que tem mais experiência em esticar.

[MOSCA] - Posso ir junto? Só quero assistir.

[JÚNIOR] - Poder até pode, mas tem que garantir uma vibração positiva. Não pode me deixar nervoso senão estraga o momento.

[MOSCA]- Pode deixar, fico calado. Você nem vai ver que eu estou lá. Mas posso filmar?

[JÚNIOR]-Claro!!! Boa Idéia. Um filme desse lance vai ser irado.

[MOSCA]- Então é isso ai. Vou nessa.

[JÚNIOR]- Falou, abração.

[PAI]:Chegou a hora, isso está se tornando perigoso demais

[PAI]: Filho que porra é essa? Um cara da sua idade, virgem, com o pinto pequeno e ainda quer fazer filminho pornô com a ajuda do Mosca? E o pior apelando para amigos mais experientes quando você tem seu pai aqui para te apoiar.

Filho: Como é pai? O senhor errou a dose do remédio de novo? Bebeu o antidepressivo com uísque? Que viagem é essa?

[PAI]: Bem que eu queria um antidepressivo. Na sua idade eu já era famoso entre a mulherada e não tinha buraco maior que a minha parada.

Filho: Pô não estou entendendo nada. Você está querendo falar sobre sexo? Acho que é meio tarde, já estou com 25 anos.

[PAI]: Você tem razão, demorei a te ensinar as coisas da vida. Mas não vou deixar você cometer idiotices como tentar esticar o pênis com catraca e ficar gastando dinheiro com prostitutas aqui na esquina. E ainda fica querendo marcar essas coisas na casa do Mosca. Meu Deus, o quê que o pai dele vai pensar da nossa família?

Filho: Porra pai você anda ouvindo conversa no telefone aqui em casa de novo? Pensei que já havia aprendido a lição. Tenha santa paciência.

[PAI]: Sei que quebrei minha promessa, mas foi em nome do meu papel de pai. Filho meu não vai ficar passando vergonha assim não. Por isso que você só pensa em escalar e não arruma uma namorada.

Filho: Senta aqui e assisti. O que eu estou tentando fazer é high line, corda bamba na altura. O que eu estico é uma fita. È uma prática ligada a escalada. Entendeu?

Minutos depois

[PAI]: Entender eu entendi, mas não vou deixar você fazer isso nem a pau. Lance de suicida esse ai.

[JÚNIOR]: Porra pai você não acha que eu já passei da idade de precisar da tua autorização. SE LIGA VÉI !!!

E assim, Júnior segue sonhando em realizar o primeiro High line no Belchior-Go.

Leia mais sobre as aventuras de Júnior em :

Baseado em fatos reais

Baseado em fatos reais 2

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sonhando com Pedra (6sup)

Finalmente ela estava ali bem como eu previa,

Um dia perfeito, sol, vento e natureza em harmonia

Cheguei humilde, mas decidido do que queria

Tudo era excitação, concentração e alegria.

Toquei rapidamente, senti sua vibração,

Em sintonia bateu meu coração

Ela retribuiu o carinho, mas senti sua hesitação

Aproximei o corpo, colei o rosto, senti o frio

Ela então me respondeu:

-Tenha cuidado comigo, toda conquista é um desafio.

Nada notei de alerta, sentia-me bem e segui feliz

Por um tempo esqueci a condição de aprendiz

A cada estágio alcançado contemplava a paisagem

Ela permaneceu acessível, me seduzia a cada passagem

De repente mudou tudo de figura

Nuvens fechando, mudou a fisionomia e a textura

Meu corpo chamava por ela: - Por favor me segura.

Ela imóvel respondeu: - Você não tem estrutura!

Em um segundo todo o planejado era esquecido

No ouvido o silêncio deu lugar a um zumbido

Eu pedia, implorava: - Não faz isso comigo.

Ela respondeu seca: - Não te conheço, meu amigo.

Grite, fechei a mão, me agarrei como podia

Era inútil toda força ela não correspondia

Caí rápido, como da árvore cai uma fruta

E gritei bem forte.

- Um dia "encadeno" essa filha da puta!!!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

La Brochada 7c/8a (?)

[Ele] Não devia ter inventado de vir aqui sozinho com você. Será que você está preparada pra fazer isso? Vê lá hein!

[Ela] Quê que é hein? Tá com medinho?

[Ele] Para de zuar.

[Ela] Não confia em mim não? Estou achando que você está inventando desculpas pra não subir. Qual é, está sem resistência?

[Ele] Sem resistência? Se liga, já fiz coisa mais difícil.

[Ela] Sei, sei... Então para de inventar desculpa e sobe logo. Tudo certo com a segurança?

[Ele] Já, está tudo certo. Só tenho medo da nossa diferença de peso.

[Ela] Já fiz isso antes, com gente mais pesada que você.

[Ele] Prefiro nem pensar nesse seu passado, você andava com uma galera muito idiota, nunca fizeram um curso e já saiam por ai aprontando e correndo riscos desnecessários.

[Ela] Nossa como você é nerds !!! Nada melhor que a vivência para aprender esses procedimentos. Curso nenhum te ensina a mandar bem. Vai logo amor!!! Daqui a pouco eu acabo desistindo.

[Ele] Beleza, seja o que Deus quiser. Vou entrar.

[Ela] Vai, isso. Sem pressa, faz o movimento direito. Descansa um pouco ai. Isso. Boa.

[Ela] Continua assim, tá maravilhoso.

[Ela] Para de tremer! Respira.

[Ele] Acho que eu vou parar, tô adrenado.

[Ela] Deixa disso, você está bem. Foi a melhor entrada que eu vi até agora.

[Ele] Sério? Você achou? Acho que estou fazendo força demais para algo assim.

[Ela] Que nada. Para com esse papo e continua.

[Ele] Tá bom. Mais presta atenção ai.

[Ela] Relaxa, sou expert em fazer isso..

[Ele] Estou vendo, mas mantém essa mão ai.

[Ela] Faz sua parte que eu faço a minha. Vai, vai. Continua. Isso. Mantém esse ritmo!

[Ela] Não sai não, é por ai mesmo. Vai que tá quase lá.

[Ele] Nossa ruim demais isso aqui.

[Ela] Ruim nada é tudo bom. Põe esse dedo ai. Agora aperta! Uhuuu!

[Ela] Vai morde! Morde o reglete !!! Ficaaaa!!!!

[Ele] Vou caiiirrr!!! Travaaaa !!!

[Ela] Nããããoooo! Droga. Merda. Porra!!!

[Ele] (ofegante e pingando suor) Que merda, tava quase lá!

[Ela] Eu vi. Você vacila demais. Hesita demais. Era só morder, ficar e continuar. Você perde muito tempo nessas coisas.

[Ele] Qual é amor ??? Vai ficar me julgando agora? É muita pressão!!!

[Ela] Claro. Já é a décima vez que você entra e o resultado é sempre esse. É frustrante.

[Ela] O seu erro é que você vai muito rápido, é muito apressado, parece um menino fazendo o movimento.

[Ele] Porra, obrigado pelo apoio ai.

[Ela] Desculpa, acho que eu esperava mais de você hoje. Senti você mais focado, mais determinado. Ainda acho que isso que tá acontecendo é psicológico. Só pode ser.

[Ele] Pior que é. Acho que chega naquela hora e eu perco a cabeça. Você tem razão. Isso nunca me aconteceu antes!

[Ela] É certeza que é psicológico. Você nunca esteve tão bem, forte e tem técnica. Acho só que tem que melhorar essa pegada ai.

[Ele] Você está tornando esse momento mais difícil. Vou voltar e tentar esse movimento de novo.

[Ela] Não, não, não! Já chega por hoje. Cansei de ficar com o pescoço doendo por nada. Ou faz do início até o fim ou nem inventa de fazer preliminares.

[Ele] Está bem. Vamos embora. Outro dia eu sei que vou conseguir.

[Ela] Assim espero. Já estou cansada disso. Quero experimentar algo novo.

[Ele] Pois é, eu também.

[Ela] Você não vai experimentar porra nenhuma até resolver essa pendência. Nem vem com esse papinho de perdedor.

[Ele] Está bem amor. Você tem toda razão. Obrigado ai pela força.

[Ela] Só falo isso tudo pro seu bem. E nem tente colocar a culpa desse fracasso em mim, eu fiz tudo direitinho.