segunda-feira, 14 de março de 2011

Ressola de sapatilha – Será que vale a pena?

A globalização e as mudanças nas taxas cambiais refletem em todas as formas de consumo, e na escalada não seria diferente. Hoje temos a possibilidade de comprar equipamentos de marcas gringas seja por sites, por lojas nacionais revendedoras ou por aquele brother que  vai pra Disney e traz pra você. De fato vivemos um bom momento de acessibilidade a equipamentos de escalada, tanto que até falsificações já existem.

Acertar na compra de uma sapatilha de escalada é sempre um mistério, cada marca tem seu shape e sua numeração o que faz com que muitas pessoas errem na compra e acabem revendendo (para a sorte dos amigos). Outra característica das sapatilhas é a paixão que determinados modelos causam em seus usuários, tem gente que não troca o modelo de sapata nunca.

O que fazer com aquela sapata boa, confortável que já pegou a forma do seu pé e  que simplesmente teve a sola destruída?

Comprei uma Mad Rock certa vez que era extremamente confortável, porém, pela inabilidade de iniciante, pelas características da borracha e pelas facas do calcário do Belchior (pico de escalada esportiva próximo a Brasília) acabei rasgando a sapatilha em menos de 2 meses de uso. Era jogar fora ou ressolar. Sempre penso 10x ante de jogar coisas no lixo ainda mais uma sapatilha inteiramente nova que teve a infelicidade de rasgar.

Durante muito tempo relutei sobre a possibilidade de ressola (achava que o preço não compensava em relação a uma sapata nova), porém no final do ano passado tive a oportunidade de ir ao Rio de Janeiro onde deixei minha sapatilha para ressolar com o Fabiano Ressolas. Infelizmente Fabiano parece ter finalizado a atividade de ressolas.

De volta com a sapatilha furada e ocupando espaço em casa resolvi que ia ressolar de uma vez por todas. Procurando por serviços dessa natureza lembrei que o André Berezoski (conhecido como Belê) realizava ressolas. Belê sempre foi para mim o tipo de escalador exemplo, lembro-me de acompanhar pela internet sua saga com o boulder  “Dia Santo”. Um cara como Belê não faria um serviço ruim em uma sapatilha pelo simples fato de que ele usa e sabe a importância das “sapatas” em nossas vidas.

Enviei minha sapata e surpreendentemente em 01 semana recebo a mesma de volta, em uma bela embalagem e com um serviço impressionante. A qualidade da borracha “vibran” e o acabamento do novo bico são muito bons.

O total do serviço ficou em R$ 110 reais, porém o total do sedex Brasília <-> São Bento Sapucaí deu um total de R$ 68, o que realmente encarece o processo.

Dica do dia: Cada caixa padrão de sedex é capaz de suportar 3 pares de sapatilha o que reduz em muito o custo total das ressolas. Nesta experiência só me arrependo de não ter agrupado alguns amigos que gostariam de ressolar sapatilha para baratear o Sedex.

Fica ai a experiência .  Quer ressolar?
SOS sapatilha – Andre Berezoski -  bele@casadepedra.com.br

2 comentários:

Angelo! disse...

Então, não ficamos aqui no Rio órfãos de um ressolador. O Fabiano passou o seu conhecimento para outro profissional.

Stefano Taichi (stefanotaichiressolas@gmail.com)

Essa noticia foi dada na lista da FEMERJ, no final de fevereiro.

Através de outro e-mail uma pessoa fez a ressola e garantiu a qualidade do serviço.

Então, aqui no Rio ainda temos uma opção.

Estou para testar o serviço também... minha sapata tá precisando de um trato. Quando fizer, aviso como ficou...

[]s,

Alvaro Alvares disse...

Massa!